Neste estudo utilizamos o pressuposto de que qualquer situação de stresse obriga a
uma nova adaptação por parte do indivíduo. Assim, considerámos que a eficácia das
estratégias de copingreside na capacidade que têm de reduzir a perturbação sentida
por determinada pessoa, situação, contexto e momento.Com uma amostra de cinco
educadoras de infância que trabalham num jardim de infância do ensino público
português, situado em meio rural procuramos conhecer as suas representações em relação
ao stresse e ao coping no trabalho. A análise dos dados sugere que as educadoras
de infância apresentam o nível de stresse próximo do médio (2,8); as principais fontes
de stresse percepcionadas enquadram-se na conciliação família-trabalho/problemas
pessoais; instabilidade laboral; conflitos interpessoais; burocracia e excesso de projetos;
comportamento dos alunos; clima laboral; e gestão do tempo. Por sua vez, as estratégias
de coping mais utilizadas são focalizadas na resolução dos problemas e na interação
social. Por fim, o estudo demonstra, ainda, a necessidade de promoção de estratégias
organizacionais por parte do jardim de infância e pelas entidades governamentais
tendo em vista a redução do stresse laboral das educadoras de infância.
In this study we used the assumption that any situation of stress requires a new
adaptation by the individual. Thus, we considered that the effectiveness of coping
strategies lies in their capacity to reduce disturbance felt by a person, situation, context
and time. In a sample of five portuguese childhood educators working in portuguese
Kindergarten public schools located in rural areas, seek to know their representations
in relation to stress and coping at work. Analysis of the data suggests that kindergarten
teachers have the same level of stress near the middle (2,8); the main sources
of stress perceived fall under personal family-work/problems reconciliation; labor
unrest; interpersonal conflicts; bureaucracy and excessive projects; student behavior;
work environment; and time management. In turn, the most frequently used coping
strategies are focused on problem-solving and social interaction. Finally, the study also
demonstrates the need to promote organizational strategies by kindergarten and governmental
entities with a view to reducing the stress of labor in kindergarten teachers.